domingo, 8 de maio de 2011
Chuvas?!
Foi como estar abaixo do profundo.
Somos nós os mesmos ao ultrapassarmos as elipses do temperamento?...
Não... não sei o que é ter estado acima de todos os subterfúgios da ira, a ponto de avançar iracundo à jugular de um ser humano...
Mas imaginei... imaginei!!!
Tive forças e pari um pensamento vil e sanguinário...
Socos e mais socos, no tronco e cabeça, a espera de uma queda digna dos filmes de boxe...
Mantive, quis manter a alma acima dos palpites de violência... Talvez no céu... Foi a imaginação. Nem sei se era a mente desabrochando no terreno, frontispício ao ódio, ou se estava finalmente revivendo o ímpeto animalesco, buscando talvez forças em algum dinossauro emprestado junto ao sinal de TV...
Olhei para o chão molhado, identifiquei-me numa poça, esboço de espelho. Meio que devolvi a tal inquietação naquele solvente. Ergui o rosto e, "resgatado da cegueira" provocada pela "impérvia escuridão obnubilante" (como lembrei do Augusto nessa hora!), avancei para debaixo de uma árvore que dava uma "sombra" maior... E finalmente consegui abrigo da chuva torrencial.
Mesmo assim gotas e mais gotas laminavam meus cabelos e umedeciam o couro cabeludo. Golpes de água e mais água sobre uma pobre cabeça - a minha consciência.
Danilo C. Almeida
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