domingo, 8 de maio de 2011

"O que em mim fica? O que em mim significa?"



É natural que o homem aprenda das suas próprias necessidades as coisas  que lhe são necessárias, e estas uma vez descobertas, não é menos verrossímil que os aperfeiçoamentos e a facilidade de meios se encarreguem do seu desenvolvimento.
Livro IV, cap.9, p.101.


A lei só tem força para se fazer obedecer no hábito, e o hábito só se forma com o tempo, com os anos. Assim, mudar com facilidade as leis existentes por outras novas é enfraquecer a sua própria força.
Livro II, cap.5, p.46.


10. Sem dúvida a virtude inerente ao mando e à obediência não é a mesma; mas é preciso que o bom cidadão saiba e possa obedecer e mandar; o que faz a sua própria virtude é formar os homens livres sob esta dupla relação. Por conseguinte, a virtude do homem de bem reúne essas duas relações, embora haja uma espécie de temperança e justiça que não são as mesmas naquele que manda e naquele que obedece. Porque é evidente que não pode existir, para o homem de bem que obedece, mas que é livre, uma só e única virtude, como a justiça, por exemplo - mas que várias existem, conforme ele mande ou obedeça.[...].
11. A prudência é a única virtude natural naquele que manda. Porque, nas outras virtudes, parece necessário que tenham igualmente parte os que mandam e os que obedecem. A virtude do súdito não é a prudência, e sim um julgamento são e reto.
Livro III, cap.2, p.63.

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