É indiscutível que o ser cujas capacidades de prazeres sejam de nível inferior possui maiores chances de satisfazê-las plenamente; e um ser que altamente dotado sempre sentirá qualquer felicidade que ele possa procurar no mundo tal como ele é, será imperfeita. Mas ele pode aprender a suportar suas imperfeições, se elas forem de qualquer modo suportáveis, e não o farão invejar o ser que de fato é inconsciente das imperfeições, uma vez que são sentem absolutamente o bem que elas proporcionam. É melhor ser um ser humano insatisfeito do que um porco satisfeito. E se o tolo ou o porco são de opinião diferente, é porque eles apenas conhecem seu próprio lado da questão. A outra parte, em comparação, conhece ambos os lados.
MILL, Stuart. Utilitarismo. Tradução de Rita de Cássia Gondim Neiva. São Paulo: Escala, 2007. p. 25.
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