sexta-feira, 28 de maio de 2021

Poema de madrugada...

A ideia dorme 

Dorme.... se o sono permitir

a única chance que se torne

a inúmera parte de mim...


Se ela estiver acima dos cabelos,

ápice das inalcançáveis versões,

tantos nomes lembrados a esmo

moldam o breu, cenáculo... ilusões!

 

Cabe não a deixar evolar-se em sono...

Cabe não a deter a tempo, ato

benemérito, tenso e ébrio,

o gesto atávico, etéreo, indomável


Ao piscar no globo, tectônico, rasga o vácuo...

semeia devires e soluços, desconcertos inexplicáveis...

olhares-ourives para fatos, atos e etos deixados

sob o fardo, chão abaixo deste texto, cais.


Danilo Cerqueira, 28/05/2021

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