segunda-feira, 10 de maio de 2021

Flores de maio


Terminei, ó encéfalo! Sísmico,

expansionista, fui-me de letra a letra

enfeixar as certezas e atribuir ao único

que avisto, vivo, a acústica, a imagem... que agrega!


Miríades de caracteres, milhares de palavras...

Seres e ideias... centenas de frases.

A folha, a página... é muro de exaltações, árias

perdidas, vencidas, mas... aves!


Vi... ver... a pá... lavrar a terra de meu pensar

e desta medrar ao céu, em haste, o mero vocal...

e o riso, após o mito: sem sopro para acordar, 

secreta universos... segreda o verso outonal.


DC Almeida, 10/05/2021


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