quarta-feira, 8 de junho de 2016

Diário XVIII

Uma escrita em povo
não tem letras ou palavras
símbolos móveis e orgânicos
alimentam o que pensa o mudo
e ressoam em batidas de coração

Uma escrita em povo
não descarta a jogada perdida
a palavra cuspida e o insulto aterrador.
Isso mesmo: eles existem e não existem
pensamos e não pensamos
entre o ontem e o amanhã

Uma escrita em povo
não descreve o dia a dia
honra preconceitos e prudências
"a mão que afaga é mesma que apedreja"
e os Anjos são homens fendidos e ofendidos
Entre o que hoje se pensa e dissimula
E o amanhã iluminado... areia em pó


Danilo Cerqueira
08/06/2016

Nenhum comentário:

Postar um comentário