O tempo não disse a que vinha e não consegue concentrar o tanto quanto não digo. Ele é idiota. Tranquilo mas em cativa verborreia maluca. Preciso de uma puta pra dizer que a rosa vermelha apodreceu. O tanto que disse não prosseguiu a luta da tesoura e papel. O papel queimou, mas o véu, este se perdeu no sangue da amada do livro que deixou. NAO! Nas luas vivas não deixavam a poeira se elevar e a jaca magra não foi o piso que melou. O tampo de granito não pode conceber a planta. Manto da terra, não pode deixar a planta nascer. Meu DEUS. Que DEUS. Os eus estão se dando e, num canto, todos damos as mãos. O que precisa este moço é um gosto azedo, um penedo para atirar... Um verso tocado no limbo, apodrecido, um corpo para que viesse o tombo, o corvo que não deixa a volta ao início do texto se rebelar. Um canalha, essa casa. Uma calha a verter diante dos corpos mortos de minha prima e tios. Meus velhos cantos de dor, minha felicidade atroz nessa cara de matraca estão expostos por teu algoz. O perfeito do teu coração matou tua mente e o teste de cor que fizeste não é tua livre valia e o tanto que pensou, pensa e pensará, será o fosso, uma vala, uma calha que, de novo a devorar, faz o caimento do corpo e me diz o que não deixo vomitar. O que tenho a te dizer, João, é que percorrer o escuro maduro impuro impoluto é antes de tudo o uivar. Tenho mais feijão, arroz, carne, batata. Vai bater em quem, na dor ou na lata? Na mamata, bata na batata e diga asneiras a uma antiga chata que maldisse tua avó! O versejar não dissimula a labuta do torneiro que, de tanto maltratar o eixo não disse que a mão dói de ter de usar a chave mestra. O que valho, o que te digo que não fez o grande execrado do tempo, a borracha que criou o punhal que ferrou o coração da madre, que te disse o que não devia e fez a humanidade dever alguma... A rala venda. Contorço-me com as letras da caneta, com a mão e uma luneta, a me sacrificar, mas quando o eterno de uma máquina me conversa sei que tudo um dia sem alegria... Apenas vida me sobrevirá.
Novembro de 2007.
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