Eis porque toda cidade se integra na natureza, pois foi a própria natureza que formou as primeiras sociedades: ora a natureza era o fim dessas sociedades; e a natureza é o verdadeiro fim de todas as coisas. Dizemos, pois, dos diferentes seres, que eles se acham integrados na natureza quando tenham atingido todo o desenvolvimento que lhe é peculiar. Além disso, o fim para o qual cada ser foi criado, é de cada um bastar-se a si mesmo; ora, a condição de se bastar a si próprio é o ideal de todo indivíduom [sic], e o que de melhor pode existir para ele.
9. É evidente, pois, que a cidade faz parte das coisas da natureza, que o homem é naturalmente um animal político, destinado a viver em sociedade, e que aquele que, por instinto, e não porque qualquer circunstância o inibe, deixa de fazer parte de uma cidade, é um ser vil ou superior ao homem.
ARISTÓTELES. A Política. Tradução de Nestor Silveira Chaves. Introdução de Ivan Lins. 15. ed. São Paulo, SP: Escala, [20--]. (Coleção Mestres e Pensadores). p. 13-14.

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