Ontem nasceu outra coisa...
Vista de longe, aquilo poderia não vingar
Soube por ouvir falar, mas entendi...
A fé renovará, mesmo, o que não se ganhar!
Se o sonho não é possível ao dormir, desperte...
Ame o que puder boquiaberto, mudo...
Não acredite no que está vendo, solerte...
Duvide do que sente aqui... no verso arguto!
Fim do dia. Palmas à história...
O olhar no horizonte, à madrugada, descobre
A escuridão e o frio, as vãs palavras... o tempo e a glória...
Valoram o sol, o ser e a futura fala...
Ontem para bilhões entre nós...
Inumeráveis para tantos vós...
Incríveis cordas que suavizam o sentido
E indefinem o senso... e redimem o escrito.
Se a noite interliga os dias, a poesia
Que não se credita, indigna, haverá
De estar no verso da linha, na distância
Que ilimita os versos, o que nego, aí, ao olhar...
D. C. Almeida
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