Entre a solidariedade e a solidão, estamos sozinhos, mas solidamente unidos. Na verdade, isso basta! Assim, não precisamos da exposição gramatical - Nós. Uma simples desinência, aparentemente imperceptível, é suficiente para que a percepção seja mais importante do que performance.
Se o mundo é grande, só o sabemos a pé. Hoje ele parece, grande e pequeno, aquele grão de mostarda, talvez, ou aquele vírus de computador. Mas isso é metafórico demais. Prefiro um som, uma letra, a sílaba em uso. Em uso... Nada mais humano e temporal do que o nosso uso das coisas.
A comunicação é uma coisa. Ela existe, mas não a vemos. Há comunicação, mas apenas podemos senti-la. Temos uma ideia bastante limitada de nossas potencialidades no uso da conversa, ou na pretensão para ela. Sempre será limitada. Mas por isso mesmo é ilimitada. Novas pessoas, novas mentes, novos pensamentos, novas ideias... novas conversas. Mas essa aparente sequência não é automática.
Ah, nem sempre o novo é o novo. Às vezes nem precisa ser mesmo. Só é novo o que para nós significa em nosso tempo, também pode ser o que vemos e identificamos como de épocas pretéritas. Que seja valoroso o que nos torna eternos no tempo de nossas vidas, pois é em nossos sentidos que fincamos as marcas de nossa ação e percepção do universo. É mesmo entre o concreto e abstrato em que a nossa natureza se encontra.
O ontem no hoje e o amanhã no hoje. Tudo antes e depois do pensamento, antes e depois das letras aparentemente escritas da esquerda para a direita, normalmente numa posição frontal ao corpo que tem o coração do mesmo lado, esquerdo, mas do peito, reduzindo um pouco o tamanho do pulmão.
Eu estou aqui, e a comunicação pode não ser minha especialidade, mas é minha missão, pois, no último ato deste existente, comunicar-se-á a morte.
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