Folhas brancas e negras
Palavras negras e brancas
E olhos que não as distinguiam
Li, agora, nas entrelinhas do papel
Não árvores, mas terras; não tinta, mas água
em gotas, em plantas, em ar...
E a lágrima anual caiu...
E a seca, tão necessária à escrita
Deixou-se úmida de marcas e manchas
De ideias e vozes, gravadas e lembradas.
Crescer... haja tempo, pequeno vegetal
Há mais do que memória no galho mais alto
Em menos de cem anos, verás a floresta
E as paginas serão tuas filhas
Outra metáfora do verso e do anverso.
Danilo Cerqueira
26/12/2014
| Foto: Danilo Cerqueira |
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