domingo, 25 de março de 2012

Pálpebras

Poema que não vejo,
sejas corpo deixado na ilha,
tenhas na alma a carga proibida
que impede o som de ecoar.

Texto em que não me vejo,
apenas serei o tempo,
lembrado beijo que
entrona o sentimento.

Traços risíveis que me delongam na testa,
quando poderemos contar
as perdas de sono
que te fazem vagar?

Pouco de nada que para mim é tudo,
a carta da casa
o vento desaba
- Sapiência de vulto!

Coisa que me deixa sem mente,
pronto! Estranho ao progresso,
avesso ao crescimento... 

Sou inflado postado!... Indefinidamente retumbado
num corpo neural.


Danilo Cerqueira Almeida

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